História do Patchwork!
O
patchwork e quilt é um trabalho manual muito antigo. Desde a época
do Egípicios antigos já vemos faraós usando roupas de patchwork
e quilt desenhados nas paredes das pirâmides.
Na Europa, durante a idade média, roupas de quilts eram feitas de
sobras de tecidos para serem usadas como proteção embaixo das
armaduras de ferro. Naquela época também eram feitas
colchas para aquecimento. O patchwork e quilt na idade média
era uma coisa mais utilitária. O patchwork e quilt se
espalhou por diversos países da Europa como Inglaterra, Alemanha,
França e Itália.
Os peregrinos, colonizadores dos Estados Unidos, que fugiam da
Inglaterra devido a perseguição religiosa, levaram este
artesanato para o Novo Mundo. Este colonizadores eram muito
rígidos e as mulheres eram incentivadas a fazer trabalhos
manuais para que o “demônio” não tivesse espaço em suas
mentes. Estas mulheres só tinham permissão para sair de casa em
duas ocasiões, para ir a igreja ou para ir às reuniões de
quilteiras (quilting bees).
Nestas reuniões elas faziam colchas, roupas e cortinas de retalhos de
sobras de roupas ou mesmo de roupas velhas, porque não tinham
dinheiro nem onde comprar tecidos. Em vez de costurar os
retalhos de qualquer jeito as quilteiras pioneiras
planejavam e costuravam formando padrões muito artísticos
dando vasão às suas ambições, desejos, sentimentos e até
mesmo suas posições políticas já que não tinham direito a voto. Naquela
época todas as mulheres deveriam fazer 12 quilts antes de
se casar (um quilt para cada mês do ano) e só então estariam
prontas para casar.
Com a invenção da máquina de costura caseira em 1846, o patchwork e
quilt passou a ser feito tanto à máquina quanto à mão. Após a
segunda guerra mundial quando diversas mulheres foram
trabalhar em indústrias e no comércio, houve um esquecimento
do patchwork e quilt.
Na década de 70 houve um ressurgimento do patchwork e quilt, quando
foram desenvolvidos diversos acessórios e instrumentos, como
réguas e cortadores especiais, que, aliados ao uso da máquina
de costura deram mais velocidade ao patchwork e quilt
permitindo adaptar este trabalho manual ao ritmo de vida
corrido do século 20 e 21. A indústria têxtil também passou a
desenvolver estampas e cores especiais para o patchwork e
quilt o que tornou infinita a paleta de cores e estampas tornando
tecidos em uma espécie de tintas e os quilts em verdadeiras obras
de arte. Por isso hoje em dia o patchwork e quilt é
considerado mais que um artesanato, é considerado também uma
arte.
Existem hoje, nos Estados Unidos, museus e galerias de arte
especializadas no Patchwork e Quilt. Durante o Brasil
colonial e imperial o patchwork e quilt ficou limitado aos
escravos que usavam os retalhos das sobras das roupas de
seus senhores assim como roupas velhas para fazer cobertas e
roupas. Somente durante a república e com a imigração européia de
italianos, alemães e posteriormente ingleses e americanos, o
patchwork e quilt passou a ser mais difundido aqui no Brasil.